Um vento balança a folhagem
ouço o assobio que vem da mata
sei que é ele, só pode ser:
Saci Pererê
Deve preparar alguma astúcia
e chegar no redemoinho
espera, talvez, o cair da noite
e o silêncio da casa para agir sozinho
Vem com frequência a estas bandas
perturbar o sono da sinhá
com traquinagens mil
Deixo a porta aberta para que entre
e brinque até ficar saciado.
Que seja ele a rir da cara deste Brasil.
Poema livremente inspirado no episódio Folclore moderno, do podcast Rádio Novelo Apresenta.
Imagem: Aparição do Saci urbano (2016), de Thiago Vaz
link, Obrigado
Juan